quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Steve Jobs por Walter Isaacson

Terminei recentemente de ler o excelente livro Steve Jobs por Walter Isaacson. Trata-se da história da vida do fundador da Apple escrita por um especialista em biografias, que já escreveu anteriormente biografias de outros famosos, inclusive do Albert Einstein.

Logo no início do livro o autor nos informa que se trata de um livro com algumas diferenças em relação a outras biografias: esta foi feita com grande colaboração do biografado, e sem a exigência, comum nestes casos, de que a biografia deveria ser aprovada por ele ou pela família antes de ser publicada. Com isto o texto escapa desta revisão que tenderia a pasteurizar muito de seu conteúdo.

E o livro retrata Steve Jobs como alguém a ser admirado e odiado. Muito. Nos dois casos. Estes sentimentos estarão presentes, certamente, durante toda a leitura, pela narrativa de tirar leite de pedra, pela estratégia brilhante e pelo carinho com que ele tratava seus colaboradores, além de várias características pessoais que chamam muito a atenção.

Alguns exemplos desta maluquice: a mania de seguir dietas vegetarianas e entender que, como um efeito colateral benéfico destas dietas, não havia necessidade de que ele tomasse banho, pelo menos no início da carreira profissional. Na mesma época, por influência de seus gurus, entendia que devia viver descalço, chegando a fazer várias visitas a outras empresas vestido como se fosse um Hare Krishna.

Além disso, a forma de tratamento que ele adotava com seus subordinados: seus resultados somente se encaixavam em 2 extremos: ou era excepcional, ou era "uma merda". Às vezes o mesmo resultado se encaixava nas duas categorias em dias diferentes. Seus autores eram classificados da mesma maneira. E o livro nos faz crer que o pensamento dele, ao execrar o resultado, era um incentivo para que a pessoa soubesse que podia fazer algo melhor. Já pensou se todos nós incentivássemos desta maneira?

No outro extremo, mostra alguém obcecado por design e qualidade: todos os produtos tinham que ser percebidos como inovadores, e a qualidade deveria estar presente mesmo nas partes que não apareciam para o usuário. Os produtos também deveriam fazer parte de um sistema o mais fechado possível, de forma que o usuário comprasse hardware e software da mesma empresa, e produtos complementares, dentro do possível, também do mesmo fornecedor.

Em resumo, é um livro que vale muito a pena ser lido. Se for atribuir uma nota, é 10. O assunto é muito bem trabalhado, o livro não é cansativo, não é escrito para pessoas com formação técnica, e não se trata de uma biografia escrita em ordem cronológica, mas sim explora cada assunto por vez, de forma completa. Quem tiver oportunidade, leia.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Os Pilares da Terra

Alguns ótimos livros acabam nos escapando no tempo, às vezes por terem sido lançados em épocas onde o hábito da leitura não fosse tão frequente. Um destes exemplos é o livro Os Pilares da Terra, de Ken Follet, editado em 2 volumes.

Este livro narra uma história passada no século 12, na Inglaterra dividida pela morte de um Rei sem um sucessor direto, e com alguns pretendentes ao trono se digladiando pelo poder. Com este pano de fundo, a história gira em torno de um padre e sua luta pela organização e saúde financeira de um priorado, passando pelas dificuldades com a construção de uma igreja e as brigas de poder locais.

Quando comentava sobre o livro Queda de Gigantes, do mesmo autor, fiquei sabendo deste livro, e me interessei por sua leitura. Não o encontrei em nenhuma livraria, on line ou física, e somente vi exemplares a venda em alguns sebos. O problema maior é o preço cobrado, por ser um livro fora de catálogo: o primeiro volume, no único sebo on line que o possuía em estoque, custava mais de R$ 100,00.

Desta forma o jeito foi buscá-lo em uma biblioteca, com a leitura ocorrendo mais às pressas para não impedir outras pessoas de terem acesso ao livro. Mas valeu muito a pena, a história é muito bem construída.

O próximo passo é ver a minissérie, feita em 2010, sobre este livro. A expectativa é boa, o livro é nota 10 e espero que a minissérie seja também. Agora é correr atrás dos outros bons livros que me escaparam nestes últimos anos.

Abraços,

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Motivação só existe pelo dinheiro?

Um assunto que sempre me chamou muito a atenção é a motivação. Tentar imaginar o que motiva alguém a continuar batalhando, a crescer, a sempre estar na busca por algo melhor.

Muitas pessoas, e inclusive eu mesmo já pensei assim, ligam muito a questão da motivação ao dinheiro: trabalho motivado se ganho melhor e, se não estou ganhando bem, não tenho motivação pra trabalhar. Mas será que esta ligação é realmente tão íntima?

E neste assunto uma das coisas que mais me chama a atenção são as pessoas que já estão muito bem sucedidas, e que continuam a trabalhar normalmente com a força daqueles que estão no inicio da carreira. É claro que é mais fácil imaginar uma das forças que motivam a maioria das pessoas que precisam do trabalho pra sobreviver, mais o foco maior da inquietação são as pessoas já resolvidas do ponto de vista financeiro.

Um exemplo fácil vem do esporte: talvez o melhor tenista que já tenha visto jogar, e se manter em alto nível por varias temporadas, seja Roger Federer. A quantidade de títulos de Grand Slam (os quatro maiores torneios do circuito, Aberto da Austrália, Roland Garros em Paris, Wimbledon na Inglaterra e Aberto dos EUA) que ele ganhou é assombrosa: 16 títulos, mais do que qualquer outro tenista masculino. Ele também é líder no ranking de premiação recebida, com mais de 60 milhões de dólares, fora o valor recebido dos patrocinadores.

O que motiva um jogador destes a acordar e passar 8 horas do dia treinando, batendo bola, fazendo academia, deixando de aproveitar todo este dinheiro, depois de todos estes recordes e esta premiação? Ele era conhecido em sua juventude por não se dedicar a qualquer jogo-treino com muito afinco: para os bons tenistas da época era relativamente fácil vencê-lo em um jogo treino, porém a derrota era quase certa num jogo válido por um torneio. Certamente, neste caso, não se trata da motivação financeira.

E o que dizer de um empresário que já trabalha há mais de 30 anos, que colocou sua empresa como a número 1 em seu mercado, e que certamente tem uma condição financeira excelente o suficiente pro resto de sua vida, de seus filhos, de seus netos e assim por diante, e ainda se estressa nas 14 horas diárias de trabalho para cumprir todas as metas que ele mesmo se impôs?

E ainda sobre alguém que, depois de passar pelos 50 anos de idade, tem a força suficiente pra começar uma grande empresa do zero? Isto significa abrir mão de oportunidades de vender uma boa ideia e desfrutar do dinheiro recebido, para em troca se estressar bastante pra que uma startup saia do chão e possa lhe permitir correr atrás de viabilizar outras ideias.

Como disse no início, é difícil saber o que serve de motivação para pessoas como as citadas acima. No último dos três casos até acho que sei, e tem muito mais a ver com o benefício a ser gerado a muitas pessoas com o trabalho realizado e muito pouco a ver com aspectos financeiros. Nos outros casos (não citei o nome das 2 últimas pessoas, mas os casos são reais), mantenho a curiosidade em saber a fonte desta vontade de fazer cada vez mais.

Abraços,

Henri Coelho

sábado, 29 de outubro de 2011

O que fazer com um relógio que anda tão rápido

Administrar o tempo é um dos maiores desafios atuais. Talvez este desafio já exista há muito tempo, mas a sensação é que temos cada vez mais coisas para fazer e tão cada vez menos tempo para isto.

Neste dilema, só há uma saída: organizar todas as tarefas e escolher o que será e o que não será feito, e em que ordem. Para isto, há algumas dicas que conheci ao longo do tempo, e que gostaria de dividir com todos.

O primeiro passo é organizar as tarefas. Não é necessário um software de última geração pra isto, já vi pessoas que se organizam pela caixa de entrada dos e-mails, deixando ali apenas o que precisa ser executado, outros que fazem isto num caderno (é mais moroso, mas pode ser igualmente eficaz), outros usam planilhas, documentos, blocos de notas, organizador de tarefas, etc.

Com as tarefas listadas, o próximo passo é classificá-las: para isto, uma das técnicas é separar o que é urgente e o que é importante. Para isto, ao lado de cada tarefa, deve ser marcado se esta tarefa é urgente ou não, ou seja, se é uma atividade que precisa ser realizada rapidamente ou se é uma atividade que possa ser realizada posteriormente sem que esta traga nenhum prejuízo ou que vire um problema maior. Além disso, as atividades precisam ser classificadas como importantes ou não: isto vai nos ajudar a não deixar de fazer algo que seja importante, mas que, como não é urgente, vai ficando em segundo plano até um ponto que se torna urgente, e precisa ser feito às pressas, ou que vira uma oportunidade perdida, pois não foi vista enquanto havia tempo hábil pra isto.

Imagine então uma folha dividida em 4 partes, como mostrado na figura a esquerda: as tarefas que são importantes deveriam ficar na parte superior, e as tarefas que não são importantes na parte inferior. Ao mesmo tempo, as tarefas urgentes deveriam ficar ao lado esquerdo, e as tarefas que não são urgentes ficariam ao lado direito.

Desta forma há quatro quadrantes, e deveríamos nos importar mais com as atividades que são importantes (os 2 quadrantes superiores): aquilo que é urgente deveria ser feito imediatamente, para que o tempo pudesse ser dedicado às atividades importantes e não urgentes, que poderiam ser feitas com mais calma, no seu devido tempo.

E quanto às atividades que não são importantes? Se não forem urgentes não deveriam ser feitas. E as atividades urgentes, e que não são importantes, deveriam ser avaliadas para verificar se podem deixar de existir ou se há outras pessoas que possam fazê-las. Às vezes acabamos sendo muito centralizadores, e isto só aumenta nossa lista de coisas importantes e urgentes, e nos faz escravos do tempo: nós deixamos de determinar o que devemos fazer e vamos ao sabor daquilo que não pode mais ser adiado.

Outra dica sobre o assunto é aprender a dizer não: muitas vezes ganhamos tarefas que não deveriam ser nossas simplesmente por não querermos questionar quem nos passa as tarefas. Aqui resta apenas termos a sabedoria suficiente sobre quando podemos ou não recusar algo.

Acho este tema muito interessante, e gostei muito do tratamento que o Nuno deu a este assunto na newsletter que você encontra aqui. Além disso, o excelente livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, escrito por Stephen R Covey, que é o responsável pela criação do método dos 4 quadrantes, brevemente descrito acima, trata muito bem deste assunto.

Agora, independente de tudo, há uma impressão forte: o relógio está andando mais rápido, não está?

Abraços,

Henri

domingo, 23 de outubro de 2011

O Pan e a transmissão pela TV

Eu gosto muito de assistir esportes na TV. Isto vale para meus esportes favoritos, como futebol, tênis, fórmula 1, vôlei, e para outros esportes em época de grandes campeonatos mundiais ou na época das Olimpíadas.

Os jogos PanAmericanos acabam sendo, em várias modalidades, uma disputa de um campeonato menor. Em vários esportes os países optam por enviar atletas secundários para disputar o Pan, e você vê o Brasil fazendo bonito e em alguns casos até ganhando com facilidade dos Estados Unidos. Em outras modalidades, o Brasil mesmo opta por poupar atletas e mandar uma equipe secundária: este ano, por exemplo, isto ocorreu no Futebol, tanto masculino quanto feminino, e no vôlei masculino.

Mas nem por esta razão este campeonato deixa de ter seu interesse: nesta última semana o torneio de vôlei feminino foi bastante disputado, com a equipe principal do Brasil e de Cuba fazendo uma final emocionante. Isto também ocorreu em algumas competições de natação, com algumas provas muito equilibradas, resolvidas no instante da batida.

O que realmente foi muito ruim neste Pan é a transmissão dos eventos. Há 2 canais transmitindo: a Record e a Record News, mas as principais competições envolvendo equipes brasileiras somente são mostradas pela Record, e a outra emissora geralmente passa competições que não envolvem o Brasil e replays de jogos onde o Brasil está envolvido. Há algum tempo vi uma notícia de que o Sportv passaria o Pan, mas isto não se confirmou.

A transmissão da Record mostra alguns problemas principais:

  • A escolha de imagens: provavelmente a escolha de imagens está sendo feita por alguém que não entende de esportes, ou que quer inovar nas transmissões. A Record levou várias câmeras extras para o México, e a toda hora estas imagens são mostradas, às vezes no meio da transmissão, sem nenhum critério. No vôlei, a Vila Panamericana era mostrada, interrompendo a transmissão da partida, no momento em que um ponto era jogado, ao invés de mostrar no momento em que um tempo foi pedido por algum dos treinadores. No caso da natação, antes do início de uma prova, eles não mostravam os competidores, os tempos, quem ocupava qual raia da piscina, mas somente ficavam mostrando uma câmera exclusiva que só filmava o brasileiro que estava participando da prova.
  • A escolha do que transmitir: às vezes há eventos ocorrendo em paralelo, e cabe à emissora escolher qual será transmitido, ou interromper pontualmente a transmissão de uma partida mais longa para mostrar uma prova rápida de natação ou uma luta de boxe, por exemplo. Há muita infelicidade na escolha, não há sincronismo entre os apresentadores.
  • A programação normal: a Record passa alguns eventos, mas em alguns dias, como no caso deste domingo, não interrompe a péssima programação habitual para mostrar os eventos do Pan.

Além disso, a Record contratou o Álvaro José, que tem uma das maiores memórias que conheço. Num tempo anterior à Internet (você que é mais novo acredite, um dia isto existiu), ele sabia o tempo de todos os competidores, os recordistas de todas as provas de atletismo e natação, os medalhistas, os recordes, etc, mas não era obrigado a tentar dar emoção a cada transmissão como faz hoje. Numa prova de natação, com uma brasileira ocupando a quinta colocação, na última virada, sem nenhuma chance de pegar sequer a quarta colocada, ele insistia na excepcional virada, na aceleração da brasileira, que ela ia buscar o ouro, etc, como se ninguém estivesse vendo a prova.

Mas sendo o Pan um evento menor, isto não é um grande problema, certo? Errado: até onde anuncia, a Record comprou também as Olimpíadas de Londres, o próximo Pan e as Olimpíadas do Brasil. Se você também gosta de esportes como eu gosto, se imagine assistindo a próxima Olimpíada sendo interrompido a todo instante para passar a novela da vez, mostrar algum brasileiro torcendo na Vila Olímpica, o programa do Gugu ou qualquer outra coisa. Como dizia um antigo personagem do Jô Soares: "me tira o tubo".

Abraços,

Henri

Os Altruístas e a censura

Na semana passada assisti a uma peça de teatro chamada Os Altruístas, com a atuação da Mariana Ximenes, e um elenco de mais 4 (ou 5) atores, recomendada para maiores de 18 anos. É difícil dizer se é uma peça que valha muito a pena assistir ou não: por se tratar de uma comédia, vai muito do estado de espírito de quem está assistindo achar graça das piadas ou achar estas piadas bobas ou ofensivas.

Algumas características interessantes da peça, sem procurar tirar a surpresa de quem decidir gastar seus reais para assistí-la:

  • A peça abusa de piadas politicamente incorretas, e não poupa nenhum dos estereótipos. Se você não acha graça deste tipo de piada, nem pense em assistir, a decepção vai ser grande.
  • Muitas das cenas tem temática sexual, sem distinção de gênero, com uso frequente de palavrões. O ator mais engraçado da peça faz o papel de um homosexual bem afetado.
  • Há uma proposital confusão entre as cenas. Demora alguns minutos para que você se oriente sobre o que representa o cenário, e se acostume com a rápida transição entre as cenas.

Neste dia nos sentamos ao lado de um casal que, com certeza, não achou graça de nenhuma das piadas. Enquanto eu dava algumas gargalhadas, eles ficavam quietos e sérios. Acho que saíram bem decepcionados do teatro, mas o pequeno guia acima é suficiente pra evitar que alguém também saia chateado.

O uso das piadas mais ofensivas da peça me lembrou um pouco o caso do Rafinha Bastos, do CQC - TV Bandeirantes, tão execrado ultimamente por conta de suas piadas mais ácidas. Antes xingado por muitos pelas piadas feitas no programa de TV, em rede nacional, principalmente naquela infeliz feita sobre uma cantora, agora qualquer coisa que ele fala vai para as principais páginas dos portais internet, e com certeza para vários programas de TV, dizendo que ele falou mal de alguém ou de alguma empresa no teatro, em uma entrevista, no twitter, e por aí vai.

O fato de falar bem ou mal, na vida de alguém conhecido, pode ser até bom para mantê-lo em evidência. Porém, a direção do canal de TV talvez tenha feito algo precipitado, e que não é bom para uma rede que busca atrelar sua imagem à democracia: ao retaliar o humorista, proibindo-o de participar dos programas onde atua, fez uma censura pesada para que pudesse ficar bem com seus anunciantes, e deve acabar perdendo o artista para outra rede de TV. A audiência, que gosta deste tipo de provocação e piadas, vai atrás, e atrás dela os anunciantes. Ou seja: talvez o posicionamento da rede de TV não tenha sido o mais inteligente no médio prazo, embora fosse o mais fácil no curto prazo.

Pra quem já assistiu qualquer stand-up comedy, se você se importar com piadas sobre gordos, mesmo sendo gordo, como é meu caso, sobre loiras, portugueses, homosexuais, etc, é mais saudável usar o seu direito à liberdade e não usar seu tempo assistindo a isto. Entendo que o mesmo valha para a TV: use a liberdade para mudar de canal, ler um livro ou fazer uma atividade muito mais prazerosa. Mesmo que esta atividade também possa ser censurada.

Abraços,

Henri Coelho

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A internet nos aproxima?

Existe um programa de rádio semanal que acho muito bom, chamado "Fim de Expediente", na rádio CBN. Considero este como o melhor programa de rádio atualmente, pelo menos dentre os que ocasionalmente acompanho. É um programa feito por 3 apresentadores, capitaneado pelo ator Dan Stulbach, e que consegue deixar os convidados absolutamente a vontade, em entrevistas muito bem feitas.

Como o assunto mais comentado dos últimos dias, e inclusive capa das revistas semanais, era o Steve Jobs, fatalmente o último programa estava também focado neste assunto. Aliás, sobre isto, gostei muito do texto escrito pelo Nuno, que você pode ler aqui, e também da foto-montagem ao lado, muito bem sacada.

Voltando ao programa de rádio, havia um especialista falando um pouco sobre a história de Steve Jobs, suas criações, e ele praticamente não era interrompido enquanto falava, pois estava conseguindo prender a atenção de todos. Até que o apresentador lhe faz uma pergunta um pouco fora do roteiro - se é que havia um roteiro: a internet nos aproxima ou nos afasta? O entrevistado não conseguiu falar algo que acrescentasse muito nisso, mas um dos apresentadores deu a melhor resposta possível sobre o assunto: a Internet afasta quem está próximo, e aproxima quem está distante.

Achei o coméntário muito feliz. Quantas vezes vemos algumas pessoas no horário de almoço, por exemplo, com o olhar voltado para o aparelho celular, seja navegando, acessando e-mails, twitter, facebook ou ainda em qualquer outra rede de relacionamento, e ao mesmo tempo se distanciando das outras pessoas que estão conversando à mesa? E as vezes, se não nos policiarmos, nos pegamos fazendo a mesma coisa.

Por outro lado, com quantas pessoas não voltamos a ter contato após muito tempo, simplesmente por sermos amigos em alguma rede de relacionamento, e podemos nos atualizar um pouco, ver como estão seus filhos, matar a saudade através das fotos e vídeos, voltando a nos relacionar com quem está distante. No meu caso, que tenho uma família bastante grande, é a oportunidade de estar mais próximo de tios e tias, primos e primas, além de vários amigos que não encontramos há muito tempo.

Acho que cabe a nós aproveitarmos o que há de bom, trazendo pra perto nossos amigos distantes, sem deixar que nossos amigos próximos fiquem afastados pela atenção que não lhes estamos dando. É bom pra pensarmos um pouco a respeito.

Para os que nunca ouviram o programa, há uma página no site da CBN que permite acessar os programas já transmitidos, e que pode ser acessada por este link. Tem 2 programas que achei muito legais, embora já tenham passado há algum tempo: um com o narrador Cleber Machado e outro com o cantor Paulo Ricardo.

Abraços,

Henri Coelho

sábado, 8 de outubro de 2011

Primeiro passo pra melhorar: acompanhamento

Há algum tempo li uma frase que era simples, como as boas coisas devem ser, e bastante objetiva: se você quer que alguma coisa melhore, passe a acompanhá-la. A memória não ajuda muito pra que me lembre do autor da frase - acho que li num livro do Stephen Covey, mas não tenho certeza, -  mas é uma das melhores máximas que conheço.

E onde se aplica? Em muitas coisas diferentes, mas sempre com grande eficiência.

Quer que suas aplicações financeiras melhorem? Comece a acompanhar seu resultado com frequência, verifique se a aplicação está rendendo conforme o esperado e conforme a concorrência, veja se não há melhores opções, se o perfil dos investimentos esta adequado ao seu perfil como investidor, se não está diversificando ou está concentrando demais.

Outro exemplo na área financeira: você tem conseguido fechar no azul todos os meses? Você faz acompanhamento pelo menos mensal de suas contas? Se não faz, comece a fazê-lo. Acompanhar gera milagres nesta área, seja porque você fica mais consciente de suas limitações, e também por evidenciar os chamados gastos ocultos, que consomem seu orçamento sem que você perceba.

Mas só há exemplos financeiros? Claro que não, vamos agora pra algo mais pessoal, parafraseando o pessoal que vende um suplemento alimentar: quer perder peso? Eu te digo como: comece a acompanhar com frequência qual seu peso, qual seu IMC, qual a velocidade com que aquela praga instalada no guarda-roupa faz suas roupas encolherem com o tempo. Isto faz com que você comece a se policiar, a se preocupar com sua saúde, a tentar melhorar seus hábitos.

E um último exemplo por hoje, este ligado a área profissional: quer que seus projetos andem na linha? A resposta é a mesma, acompanhe frequentemente, veja se os pequenos prazos são cumpridos, converse com todas as pessoas envolvidas, e tome as ações necessárias para que os prazos intermediários sejam cumpridos, pois automaticamente os prazos finais também o serão.

É claro que o acompanhamento, em qualquer caso, deve ser seguido das ações necessárias para que os objetivos sejam alcançados, mas estas ações não serão evidentes se você não estiver acompanhando corretamente.  O livro  "Cinco sapos em um tronco", de Mark L Fieldman e Michael F Spratt, trata muito bem deste tópico: decisão x ação. Não basta decidir, é importante agir.

E um último aviso: cuidado pra que o acompanhamento seja feito na dose certa: se você acompanhar um recurso a cada 5 minutos, pra ver se ele cumpre os prazos corretamente, vai mais atrapalhar do que ajudar. Como já disse um ex-candidato a presidente do Brasil: o remédio, na dose errada, pode ser um veneno.

Enquanto isto vou tentar acompanhar a minha memória, pra ver se melhora. Principalmente quando a busca na Internet não nos ajuda, como escrito pelo sócio e amigo Nuno na newsletter "Ave Google".

Abraços,

Henri Coelho

sábado, 1 de outubro de 2011

O poder dos juros

Já li vários livros sobre economia, pois é um assunto que me interessa bastante. Em especial, há o interesse pelos livros que procuram te ajudar no plano pessoal, a se conscientizar e buscar equilibrar a balança dos gastos e das receitas, e também por aqueles livros que te ensinam divertindo, ligando uma história ao conceito que quer divulgar.
Parábola sobre economia

Um dos livros que li e gostei foi "O motorista e o milionário", de Joachim de Posada e Ellen Singer. É um livro com poucas páginas, que li junto com meus filhos, uma ou duas páginas por noite, antes deles dormirem, deve fazer uns 5 anos. Eu fazia uma voz com uma entonação diferente quando o motorista falava, e eles gostavam bastante disso.

E o que o livro ensinava? A poupar, como tantos outros. Só que fazia isto de uma maneira bem simples, inicialmente poupando um bombom no dia e depois conseguindo transformar sua vida a partir dos resultados obtidos ao longo dos tempos. Pra mim é um livro pelo menos nota 7.

E esta é a mensagem mais difícil de fazer. É muito fácil de falar, é muito difícil de praticar. A regra simples, mas simples mesmo, de poupar 10% do que você ganha, como um dinheiro que você esquece e que vai garantir sua vida no futuro, é muito legal - e precisa haver muito comprometimento pra levar adiante.

Uma maneira simplória de fazer isto, mas eficiente, é retirar os 10% ao receber seu pagamento - de todos eles, mesmo que você tenha mais de uma fonte de renda. Se você retira isto primeiro, você precisará se controlar para que os outros 90% sejam suficientes para bancar todas as suas contas. Outra regra, também básica e também difícil, é a de não gastar mais do que você ganha - pagar juros a alguém ou algum banco não é também uma boa maneira de construir um patrimônio.

E o que é muito interessante é o chamado poder dos juros, no longo prazo. Esquecendo-se da inflação, se você tiver uma aplicação feita mensalmente de 100,00, aplicados a taxa de juros diferentes, quando se fala de um prazo mais longo o valor acumulado pode ser muito alto. Veja a tabelinha simples abaixo, onde é mostrado, ao longo de 5, 10, até 40 anos, o valor investido e o valor acumulado, considerando as taxas de juros de 0,50% a 1,00% ao mês.


Acho sempre impressionante que o valor dos juros no longo prazo. Quando você olha um horizonte de 5 anos, o valor acumulado com uma taxa de juros de 0,5% é menor do que o valor a uma taxa de juros de 1%, mas não é tão menor - o valor acumulado seria de 8,1 mil contra 6,9 mil. Quando você olha em 20 anos, o valor é muito diferente: enquanto na taxa de juros menor você teria quase dobrado seu o fruto de sua contribuição (você teria investido 24 mil e teria mais de 46 mil de saldo), na taxa de juros de 1% você teria quadruplicado seu investimento, estando com 98 mil. Com 40 anos de contribuição, então, a comparação é covardia.

Outro exercício muito legal é você saber quanto teria que acumular pra poder viver apenas do valor investido. De novo, importa muito a taxa de juros que você consegue no seu investimento. No mesmo exercício acima, se você aplicou 100,00 por mês durante o tempo necessário, e supondo que você tenha como rendimento 1.000,00 por mês (seguindo a regra dos 10%), quando você tiver um fundo que lhe dê de rendimento mensal 10x o valor de sua aplicação, você poderia passar a viver apenas deste rendimento, sem a necessidade de outras fontes de renda, desde que a sua renda mensal seja suficiente pra pagar suas contas.

Olhe o exercício abaixo, que considera qual o tamanho do fundo necessário pra gerar uma renda de 1.000 por mês de acordo com a taxa de juros mensal:


Combinando uma tabela com a outra, em pouco mais de 20 anos você poderia se aposentar na taxa de juros de 1%, contra pouco mais de 40 na taxa de juros de 0,5%. Tudo isto, claro, descontada a inflação. O mais legal é que o exercício acima é o mesmo, não importa quanto sejam seus 10%, se for 50,00 basta dividir todos os valores, das 2 tabelas, por 2; se for 1.000,00, basta multiplicar por 10 todos os valores financeiros das 2 tabelas. Mas é possível fazer outros exercícios depois.

E teria sido muito melhor se estes exercícios fossem feitos com alguma outra história de fundo, não seria? Seria mais palatável.

Abraços,

Henri Coelho

"Qualquer homem que tenha que dizer 'sou o rei' não é rei de verdade" - Lorde Tywin, "Crônica de Gelo e Fogo", George R R Martin.

sábado, 24 de setembro de 2011

Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo

Volume 1
Comecei a ler a série "As crônicas de gelo e fogo" achando que era composta de apenas 2 volumes. Comprei o primeiro, A Guerra dos Tronos, achei muito bom, comprei o segundo, a Fúria dos Reis, achando que encerraria a série.

Perto do final da leitura, fui até a FNAC e vi 4 livros em inglês: um deles correspondia ao livro Guerra dos Tronos, outro ao livro Fúria dos Reis, e os outros 2 eram continuações.

Como não gosto muito de uma história sem fim, resolvi acessar o site do autor, George R R Martin, pra descobrir que... são 7 livros ao todo. 4 já haviam sido lançados em inglês, recentemente vi um e-mail sobre o lançamento de mais um, e 2 ainda estão por lançar.

O problema maior é que a série é muito boa. Muito boa mesmo. Acabei comprando o terceiro livro, A Tormenta das Espadas, estou na metade da leitura, esperando que saiam os próximos.
Volume 2

Todos os livros são uma continuação da mesma história: a família Stark, que possui um castelo no norte do reino, com 5 filhos legítimos e 1 bastardo, 1 reino em polvorosa, com ameaças, um rei, Robert, que pode ser considerado ilegítimo, pois a família real havia sido morta e ele ficou com o trono, sua família, a família da rainha, os Lannister, com destaque para os 2 irmãos da rainha, um deles anão, os herdeiros do trono, uma matilha de lobos gigantes, uma muralha de gelo, com mais de 100 metros de altura, para defender o reino de ameaças do norte gelado, um povo nômade vivendo além-mar, batalhas de espada, lança e flechas, e muitas cenas de sexo.

E alguns bordões muito legais, como "O inverno está chegando" e "Um Lannister sempre paga as suas dívidas", etc.
Volume 3

A continuidade da narração, pelo menos nos 3 volumes, é feita sem que haja um gap de tempo entre os livros, ou seja, a ação é contínua. Outra característica interessante é que os capítulos sempre tem o nome de uma personagem, e narram o que acontece com ela, sempre em terceira pessoa, mas as vezes mostrando também os pensamentos desta. O capítulo seguinte, invariavelmente, se passa em outro local, com outras personagens, as vezes sem nenhuma relação com o capítulo anterior, que só vai ter a narrativa retomada mais adiante.

O primeiro volume da série foi transformado em minissérie televisiva pela HBO. Assisti esta temporada, em 10 capítulos de 1 hora, e a adaptação foi muito bem feita. Aos que ainda não assistiram, segue a recomendação de sempre: leiam o livro primeiro, depois veja o filme ou a série. Embora o livro sempre vá ser melhor, você se identifica com os personagens e aproveita muito melhor as imagens. A experiência contrária, sempre que eu tentei, pelo menos, nunca foi boa, e nunca dei continuidade à leitura dos livros.

Aos que gostam de ler, é nota 10. Mesmo sendo 7 longos livros.

Abraços,

Henri Coelho

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pequenas comodidades

Como temos agilidade para nos adaptar com algumas facilidades que nos são oferecidas. E depois disso fica quase impossível voltar atrás, e abrir mão daquilo que estamos tão acostumados.

Comodidade no pedágio
Para quem viaja com alguma frequência: já possui o tag do Sem Parar no seu carro? Se não tem, pela comodidade, deveria instalar logo. A passagem nas praças de pedágio é muito mais rápida, a viagem não perde o ritmo, é mais seguro - quem não fica tentando facilitar o troco ou guardar o dinheiro rapidamente no pedágio pra não perder mais tempo, abrindo mão da segurança?

Estes dias ouvi no rádio que o sensor de velocidade do pedágio, que está na pista do Sem Parar, iria começar a multar quem estivesse trafegando a mais de 40 km/h. Por mais que a gente sempre se policie, as vezes a redução de 120 km/h ou 100 km/h pra 40 km/h é muito grande, e nem sempre o carro que está atrás concorda conosco em andar na velocidade correta, o que gera o risco de ser multado ou de sofrer um acidente. Mas fazer o quê? Abrir mão da comodidade? Não dá, resta apenas se policiar um pouco mais.

Comodidade: programação
Outra comodidade simples: assino a Net há alguns anos, primeiro a TV digital, agora a opção HD. A pequena comodidade, já existente há muitos anos, de se ler no rodapé da tela, o nome do programa que está passando, a faixa etária recomendada, que horas começou e que horas vai terminar, e qual o próximo programa daquele canal, com as mesmas informações, faz toda a diferença na hora de assistir TV.

E quando você percebe isto? Em momentos como agora, onde estou num hotel em Juiz de Fora, que tem vários canais disponíveis na TV e nenhuma informação do que está passando em nenhum deles. Parece que a gente volta no tempo mais de 10 anos, e fica a sensação de estar perdendo tempo ou deixando de assistir algo mais interessante do que o que está passando agora.

Existem várias outras facilidades destas, que não percebemos, mas nos acostumamos tão rápido que não conseguimos mais nos livrar delas. O celular. A Internet no celular. A gravação na TV a cabo. O ar condicionado no carro. O acesso rápido à Internet.

A lista é longa, a adaptação é rápida, e a possibilidade de ficar sem incomoda bastante. Mais do que deveria, o que acaba sendo uma arma poderosa pra quem saiba fazer o marketing bem feito. Se nos dessem estas comodidades sem custo, em alguns casos, talvez nos fisgassem como consumidores o resto do tempo.

Henri Coelho
direto do Hotel Victory Suites - Juiz de Fora

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pops

Olha o Pops aí
Na casa de meus pais, não sei bem como começou, mas todos os filhos, genros, noras e até alguns netos chamam meu pai de pops. É um daqueles apelidos que gruda bem na pessoa, e que ela não se importa, e então vira moda rapidamente.

O Pops sempre foi uma referência muito forte pra mim, mais até do que eu percebia que os pais de vários de meus amigos eram pra eles. Sempre tivemos uma relação gostosa de muita amizade, e muita proximidade. Sua inteligência sempre foi muito marcante, a sabedoria na hora de opinar sobre vários aspectos e a paciência, antes muito grande, e agora muito curta.

Meu pai sempre nos educou mais pelo exemplo, e sempre conseguiu ter autoridade com todos os filhos sem necessitar, nunca, recorrer a força pra isto. Este é um dos aspectos que mais adimiro nele. Papai sempre soube conversar bastante, e sempre nos mostrou que este é o melhor caminho para resolver qualquer coisa.

Algumas pessoas dizem que sou muito parecido com ele, fisicamente, embora eu achasse algumas vezes que não. Mas em várias ocasiões pessoas que não viam o papai há muito tempo, ao me verem próximo a ele, sempre dizem que não precisava nem falar que eu sou seu filho.

Acho que sou mais parecido com ele no jeito de andar, falar, e até em alguns gestos à mesa. As vezes me pego reparando nisto, e percebo que faço exatamente a mesma coisa que ele em algumas situações, o que até me surpreende.

Em alguns dias o Pops fica bastante fechado, fala pouco, e nestas ocasiões minha mãe fica apreensiva. Isto aconteceu recentemente, em alguns problemas de saúde que ele enfrentou, onde a preocupação da família toda era saber o que ele estava pensando da situação, o que o estava preocupando, por que ele estava assim. E esta semana, que tive que ficar internado em SP, por conta de uma pancreatite, várias vezes me pegava exatamente na mesma atitude, querendo ficar quieto pra ver se o tempo passava mais rápido, e percebia que estava me fechando com minha esposa, quando as respostas eram monossílábicas por minha parte.

E assim, fiquei com saudades do querido Pops, e resolvi escrever este pequeno texto pra registrar isto.

Abraços,

Henri Coelho
Escrevendo do Hospital São Luiz, quarto 1520.

domingo, 28 de agosto de 2011

Buscar direto na fonte


Há alguns anos foi lançado um livro, o Código da Vinci, escrito por Dan Brown, que causou uma boa polêmica acerca de suas afirmações sobre a vida de Jesus. Muitas pessoas, ao lerem o livro, ficavam curiosas sobre a descrição de algumas passagens de sua vida, pois a riqueza de detalhes descrita pelo autor nos deixava com a pulga atrás da orelha sobre estes detalhes da história.

Na esteira desta obra surgiram várias outras, algumas dizendo que o autor estava certo, outras que estava errado, e ainda algumas dizendo que ele havia apenas transcrito ideias de outros autores.

De qualquer forma, a obra despertava curiosidade neste sentido. Uma curiosidade que foi bem aproveitada pelos autores que lançaram livros a respeito, e pouco aproveitada pelas diversas religiões, como a católica, que ao invés de aproveitar este sentimento para fazer alguns cursos mostrando de forma mais detalhada o outro lado da história, optaram por censurar livro e filme, gerando uma publicidade às avessas para o tema.
No meu caso, acabei comprando alguns livros que pretensamente desvendavam os mistérios do livro, até me incomodar bastante com isto e parar de ler tantas bobagens, e dirigir minha curiosidade para outro lado: se quero conhecer a vida de Jesus, por que não ler a melhor fonte a que tenho acesso, a Bíblia?


Já tinha tentado ler a Bíblia anteriormente, mas como leio todos os livros: de uma só vez, sem interromper para outras leituras, e já tinha desistido algumas vezes. Desta vez, resolvi fazer algo diferente: todas as manhãs acordo, e leio um capítulo. Com isto, consegui ler a Bíblia toda, e mantenho este hábito até agora, quando estou lendo pela segunda vez. Como é uma edição diferente, algumas passagens ficam mais fáceis de serem entendidas.

Assim, aproveitei a curiosidade gerada pelo Código da Vinci e criei um hábito que gosto bastante de fazer, e consigo achar estes 5 a 15 minutos todos os dias em minha agenda, logo cedo. Alguém me acompanha nesta leitura?

Abraços,

Henri


sábado, 27 de agosto de 2011

Por que mais um blog?

Acho que os blogs surgiram para dar vazão à vontade que as pessoas tem de falar um pouco sobre seu modo de vida, seus pensamentos, suas ações, mais ou menos falando pra um vazio, sem saber quem está do outro lado escutando ou lendo.
Penso também que algumas coisas que faço, leio ou conheço mereçam ser compartilhadas: se algo aqui escrito ajudar pelo menos 1 pessoa, já terá valido a pena escrever.
Sou engenheiro, trabalho com informática há quase 20 anos, conheço um pouquinho de economia, gosto muito de ler, e acho que de cada um destes assuntos dá pra tirar alguma coisa pra compartilhar.
Quanto aos livros, pretendo escrever um pouco sobre as leituras mais recentes, mas sempre com uma preocupação: despertar o interesse pela leitura daquela obra, ou não - vocês vão ver que as obras serão mais elogiadas do que criticadas, pelo fato de que acabo gostando da maioria dos livros que leio - mas nunca no sentido de revelar ou fazer algum resumo que tire o incentivo de que alguém as conheça.
Seja bem vindo a este novo blog, fique a vontade pra comentar, criticar, sugerir. Assim, quem sabe não fico falando pro vazio.
Abraços,
Henri