Interessante como as vezes temos sonhos que se repetem ou pelo menos temas recorrentes em nossos sonhos. Aliás, os sonhos pra mim sempre foram um grande mistério.
Normalmente sonho com algo relacionado ao que fiz durante o dia. As vezes assisto um filme que gera uma imersão ou uma continuidade nos sonhos, as vezes um livro que estou lendo, uma conversa com amigos ou familiares, em todos estes casos algo estimulado pelo que ocorreu recentemente.
Em outras ocasiões os sonhos são absolutamente aleatórios: sonhei recentemente que estava nadando - como se soubesse nadar - numa grande lagoa, ou braço de mar, com barcos, muita música, muitas pessoas e a minha preocupação de que poderia me afogar. Mesmo durante os sonhos algumas preocupações reais continuam existindo.
Mas o tema recorrente que mais aparece nos meus sonhos, ultimamente, tem sido meu pai. Não sonho com ele todos os dias, todas as semanas, mas os sonhos são sempre muito intensos e são aqueles poucos que me lembro ao acordar.
Este ano completa 5 anos de sua morte, daqui a pouco mais de 1 mês. E o tema mais frequente destes sonhos é sua não morte: a ciência não consegue explicar, mas ele volta alguns dias ou meses depois de ter morrido e continua convivendo conosco. E tenho que explicar pra todo mundo que aquilo ocorreu, todos me perguntando: mas o pops não morreu?
Eu acredito na continuidade da vida após a morte. Claro que não como mostrado nestes sonhos, alguém de carne e osso convivendo contigo, mas ainda em espírito ou alma, vivo sem um corpo físico.
Já pensei muito no significado deste sonho, mas não cheguei a nenhuma conclusão. Quem sabe nas várias próximas recorrências dele, se houverem, algo mais possa me ajudar a concluir?
Abraços,
Henri Coelho
Lembro de Pablo Neruda...
ResponderExcluirTu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Excelente, como sempre, Emerson. Abraços
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