quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Brutal, e Sombrio, de Luke Delaney

Nestas últimas duas semanas de 2016 me deliciei com dois livros que descobri por indicação da amazon.com.br. O serviço de indicação de livros deles, baseado nas compras realizadas e na lista de desejos é muito interessante e, embora liste vários autores que já conhecia e que já tinha lido, frequentemente apresenta novidades que valem a pena serem exploradas.

No caso deste autor, Luke Delaney, existem 6 livros produzidos no exterior, e apenas 2 traduzidos para o português. Os dois livros traduzidos são Brutal (do original Cold Killing) e Sombrio (do original The Keeper), ambos parte de uma série de 4 livros com um único personagem principal: o detetive Sean Corrigan.

No primeiro livro, Brutal, o inspetor, responsável pela divisão de homicídios de uma sessão da polícia de Londres, tem que investigar a morte de um garoto de programa. O livro mostra trechos narrados pelo assassino e trechos que acompanham a missão do detetive e de outros membros da força policial.

O detetive poderia ser um assassino, pela infância sofrida e pela maneira como pensa e age na tentativa de descobrir o assassino. Há boa reviravolta num livro cujos crimes pareciam resolvidos desde o primeiro capítulo.

No outro livro, Sombrio, há menos mudanças de roteiro, mas o foco continua o mesmo: descobrir um maníaco que sequestra uma mulher de sua casa, e parte da divisão de homicídios se rebela, inicialmente, por ter que investigar algo que não é um assassinato, mas apenas um sequestro. No decorrer da trama o detetive consegue motivar a equipe para tentar evitar que o sequestro vire um homicídio.

Nos dois livros impressiona a forma como os crimes são narrados, com um detalhamento muito grande, quase como se você estivesse lendo algo muito explícito. As vezes a narrativa até incomodava bastante pela riqueza dos detalhes: parecia que você estava assistindo a um filme sem censura nenhuma.

Quanto a Luke Delaney não há muita informação. No prefácio do primeiro livro ele diz que não vai se identificar para que sua família possa ficar protegida. Não há referência a ele na wikipedia (há referência a um homônimo, jogador aposentado de futebol australiano) e alguns textos em português dizem se tratar de um ex-policial londrino, o que faria bastante sentido.

Agora é ficar no aguardo que outras obras deste autor cheguem ao Brasil, e também que a Amazon consiga continuar indicando bons livros - a única ressalva é que eles poderiam indicar apenas livros inéditos pra mim, mas este é um assunto para outro post.

Abraços,

Henri Coelho

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