Nelson Golçalves foi um dos maiores vendedores de discos no Brasil: mais de 75 milhões de cópias vendidas, segundo a wikipedia atrás apenas de Roberto Carlos e de Tonico e Tinoco. Estes números são muito impressionantes, nos 3 casos, pela época em que ocorreram, onde a vendagem de disco não era tão alta, e são impossíveis de serem repetidos agora, numa época em que discos e CDs vendem cada vez menos.
Dolores Duran foi uma cantora e compositora com uma carreira muito curta, pois morreu aos 29 anos de idade, em 1959. Papai tinha um album duplo dela com suas principais músicas, pura dor de cotovelo, fruto também de uma vida e carreira sofrida e bastante atribulada.
Mas voltando ao Nelsão, como o pops dizia, lembrei de uma música que ele cantava e que foi composta em 1970, por Sérgio Bittencourt, filho do Jacob do Bandolin, em homenagem ao pai, e que tem uma letra muito bonita, e que está transcrita abaixo:
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Esta era uma das músicas que papai mais gostava, e que certamente lembrava meu avô, mostrado ainda jovem na foto ao lado, e que nos deixou há mais de 30 anos.
Algumas partes da letra são muito fortes, principalmente pelo momento em que estamos vivendo. O "mais que seu filho, eu fiquei seu fã", "a dor tão doída", e "a saudade dele tá doendo em mim" batem diretamente no coração.
Saudades.
Henri
Marcelo, há um ditado que diz que "recordar é viver". Portanto, traga mesmo para o presente tudo o que de bom você,seu irmão, suas irmãs e sua mãe vivenciaram com o "Pops", pois isso é vida. Abraços. Chico Bueno
ResponderExcluirChico, obrigado pelas palavras e pelo apoio que tem nos dado. Abraços
ExcluirSão as lembranças que mantém vivo o seu pai.Essa é uma linda lembrança entre milhares de lindas lembranças que você e seus familiares devem ter!
ResponderExcluirDenise, obrigado, nos apegamos nisto todas as vezes em que a tristeza aperta mais. Abraços,
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