Normalmente os serviços nos são oferecidos num modelo que traz muita vantagem se você se torna um contribuinte mensal, ou frequente, versus um preço muito mais alto se você utilizar o serviço esporadicamente. Exemplos não faltam, segue abaixo alguns deles.
No caso da telefonia celular: você pode pagar mais de 5 vezes mais caro um minuto de ligação feita para um celular a partir do seu aparelho se você tiver um plano pré-pago, em comparação a um plano pós-pago. Parece ser uma vantagem grande: mas neste ponto você assume uma conta mensal ao invés de gastar somente quando vai usar o serviço. Considerando o número de minutos que você usa por mês: compensa?
Olhem agora o caso da TV por assinatura: você paga um valor maior para ter acesso aos canais de filmes, e pode assistir filmes 24 horas por dia (como se algum ser humano tivesse tempo pra isto), o que é muito mais barato por filme do que os alugar, por exemplo, nas locadoras ou em qualquer serviço que os entregue em sua casa. Mais um custo mensal pra você, mas será que compensa comparado aos filmes que você assiste?
Vamos então para a academia: é saudável, é necessário, e um plano que você pague o semestre ou o ano todo sai muito mais barato, por mês, do que um plano mensal, que você pode desistir quando quiser. Já pensou então quanto não custaria se houvesse um plano diário, daquele que você só paga quando usa? Na maioria dos casos seria mais vantajoso, pra algumas pessoas que não usam tanto quanto deveriam. A notícia triste é que não basta pagar a academia, tem que frequentar também, e se você não a frequenta como deveria, tenha certeza de que esta despesa não falta na sua conta corrente.
A contratação de serviços neste modelo de pague um preço mensal fixo, e use quanto quiser, é normalmente muito melhor para a empresa do que para o consumidor final: embora este tenha a sensação de que está contatando algo com muita vantagem financeira, e nos primeiros meses normalmente usa bastante o serviço, a empresa já sabe que na média o serviço será pouco usado depois de algum tempo, e que vai lucrar bastante no médio prazo. Já o consumidor vai conviver com este custo por muito tempo, até chegar a conclusão que não usa e tentar cortar o serviço (aí a novela é outra, mas esta fica pra outro post).
Isto não significa que os serviços pagos mensalmente não compensem pra ninguém, mas eles deveriam passar por uma verificação periódica para ver se realmente lhe servem, caso a caso.
No final do ano passado fiz uma pequena faxina nestes gastos, cortando aquilo que não valia a pena na conta, ou que eu tinha contatado como contrapartida para algum outro serviço. Demorei até 3 meses pra conseguir que alguns fossem desativados, mas pelas contas feitas no último final de semana, não foi suficiente. Vamos voltar à prancheta.
Abraços,
Henri
Sempre me pergunto "preciso mesmo disto?". Costumo fazer também um exercício de ver quanto que cada item que uso custa individualmente. Por ex: fui 10 vezes na academia e poderia ter ido 30 no mês. Joguei fora 20. Se eu pago R$300 reais quer dizer que cada dia me custa R$10 reais e acabei de jogar pelo ralo R$200. Este pensamento sempre me induz a dois caminhos: Ou cancelar a porcaria ou ficar feliz por estar aproveitando a coisa o máximo que posso.
ResponderExcluirUlisses, obrigado pelo comentário. Acho que o caminho é mesmo este, de se questionar pelos gastos ao mesmo tempo que devemos aproveitar, ao máximo, aquilo em que já empenhamos nosso dinheiro. Abraços,
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