No site da Prefeitura Municipal há a notícia de que 6.500 abrigos de ônibus serão trocados em São Paulo para o novo modelo. Uma outra informação, da mesma fonte, indica que a Prefeitura deixa de gastar R$ 300 milhões nos mobiliários urbanos e passa a receber R$ 40,6 milhões como contrapartida pela publicidade que será estampada nestes locais.
Entendo que isto só tenha se tornado possível, e economicamente viável para a empresa anunciante, a partir do momento em que o prefeito anterior proibiu, através do programa que ficou conhecido como Lei Cidade Limpa, os Outdoors e várias outras formas de publicidade visual em São Paulo. Sendo assim, foi criado um mercado potencial grande, cujo primeiro licenciado, não importa de que forma fosse, seria bastante beneficiado pois não havia outra forma de propaganda visual. A gestão anterior não conseguiu transformar esta oportunidade em negócio, o que foi rapidamente viabilizado pela gestão atual.
Mas tem sempre um porém: o espaço que a publicidade ocupa é incompatível com a largura da maioria de nossas calçadas. A foto abaixo foi tirada na Rua Loefgreen, ao lado do Colégio Arquidiocesano Marista, e mostra o tamanho da publicidade em função do tamanho da calçada.
Isto atrapalha demais o trânsito das pessoas neste local. Se pelo menos a placa ficasse colada ao muro, já aumentaria um pouco o espaço para a passagem das pessoas, pois o trânsito de pedestres nesta rua, por estar próximo a um dos acessos do metrô, é bastante intenso.
Abaixo há uma foto, extraída do Google Street View, que mostra o ponto de ônibus anterior ali instalado:
Esta vai ser a realidade da maioria das calçadas: a publicidade, quando integrada corretamente com o ambiente, tem um efeito positivo, porém quando percebida como algo que incomoda e atrapalha, acho que tem o efeito inverso.
E um último ponto para fechar este post: a atual gestão agora passou a fiscalizar alguns grafites da cidade, exigindo que sejam apagados. Nós já nos acostumamos com eles, já perfeitamente integrados à nossa paisagem. Mas acho que passam a concorrer com as novas propagandas, e assim a Prefeitura passa a exigir que sejam apagados. Neste último mês, isto ocorreu com uma banca próxima de casa: havia um grafite pintado na parte de trás da banca que mostrava alguns Super Heróis e o dono da banca, ao lado, usando um braço mecânico. Isto não existe mais, por exigência da Prefeitura, e agora temos mais uma banca cinza na cidade. Veja abaixo uma foto da banca antes de ter o grafite apagado:
Abraços,
Henri
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