domingo, 6 de maio de 2012

Livros e filmes com final feliz

Um de meus hábitos é a leitura. Não sei precisar quantos livros leio anualmente, quando perguntado chuto em torno de 30 por ano, mas o número é muito impreciso. Um bom livro pode te prender por dias ou semanas, um livro ruim pode demorar um mês pra ser lido, quando conseguimos concluir a leitura. Mais do que o número de páginas do livro, influencia a maneira como o escritor trabalha, os capítulos curtos ou longos, a história envolvente ou chata, o nível de detalhes, e por aí vai.

Este ano já li alguns livros bons, outros nem tanto. Alguns que começaram bem, que a história parecia que ia ter uma guinada muito interessante... mas que acabaram na mesmice mais óbvia possível. Talvez haja uma preocupação em preservar as personagens, quem sabe pensando em uma continuação, ou ainda pela proximidade entre autor e personagem gerada durante a criação da obra.

O último livro que li foi Síndrome de Copérnico, do meu xará Henri Loevenbruck. Trata-se da história de Vigo Ravel, esquizofrênico, que ouve vozes e que sempre se julgou louco por conta disso. Ele consegue escapar de um atentado a um prédio, com um número recorde de mortos, por ter escutado uma voz que indicava que algo estava pra acontecer naquele local, e começa se questionar sobre sua loucura, sua doença, sua vida.

O livro é bastante interessante, até perturbador, conforme você acompanha a trajetória da personagem principal, seu envolvimento com as pessoas e a mania de perseguição que dá origem ao título. Acho que criei a expectativa de que o final fosse diferente. Mas de qualquer forma, vale a leitura.

O mesmo raciocínio vale para os filmes. Nas poucas vezes em que o final nos surpreende, e foge do lugar comum, saímos do cinema com uma sensação diferente, como se o roteirista não estivesse seguindo o combinado e ajeitando todas as coisas no final, como deveria ter sido feito. E é muito mais interessante quando ocorre desta maneira.

Um de meus projetos sonhados para o futuro é de escrever um livro. Uma ficção, que possa agregar algo a quem lê, e inspirada nos bons livros que já li, mas com algo a mais. E com certeza com um final fora do quadrado. Sem preservar personagens, mais ao estilo do George R. R. Martin da série Crônicas de Gelo e Fogo do que do Stieg Larsson, da série Millenium.

Quem sabe um dia eu chego lá.

Abraços,

Henri

2 comentários:

  1. Tenho gostos similares. Também gosto muito de ler e almejo ser um escritor algum dia. Mas ainda estou longe deste objetivo. Fiz meu blog pra ir adquirindo o hábito da escrita pra, lá na frente, tentar escrever uma história. Gostei da idéia deste livro q vc disse. Vou colocá-lo na minha lista. 90% do que leio e assisto nos filmes são previsíveis. Só uns 10% são excelentes. Acho que é regra pra tudo, o bom mesmo é a exceção da regra.

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  2. Concordo contigo, Ulisses. Obrigado pelo comentário.

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