Neste livro, Davi e Golias - a arte de enfrentar gigantes, ele cria um modelo que segue em quase todos os capítulos: apresenta um assunto, com todos os detalhes que parecem óbvios para todos, e depois mostra uma série de outros argumentos para te mostrar o que não era tão claro assim, e te permitir chegar a outra conclusão.
Normalmente seus livros são uma miscelânea de assuntos, tendo um fio condutor. No livro atual ele fala desde a história de Davi e Golias, que dá título ao livro, até sobre o holocausto, passando por tópicos sobre o sucesso de um time de basquete treinado por uma pessoa que não entendia nada do jogo, o tamanho das turmas nas escolas, a escolha correta da universidade, os desafios para as pessoas que tem dislexia, os pintores impressionistas, o conflito racial nos EUA, etc. E em vários assuntos desafia o senso comum, embora primeiro faça você acreditar que seus conceitos anteriores estavam absolutamente corretos. O fio condutor: a arte de enfrentar aquilo que lhe parece um gigante, inatingível, insuperável.
Malcolm é um escritor de uma revista americana chamada New Yorker. Já li alguns de seus artigos on line, sofrendo um pouco com o idioma, que são muito interessantes. A sensação, após cada artigo ou capítulo, é a de um escritor que se esforçou muito para pesquisar sobre o assunto em questão, ou seja, o livro não saiu sem muito esforço e dedicação. Claro que há deslizes no livro - há uma nota de rodapé que lhe dá vontade de parar de ler o livro imediatamente, mas considere esta apenas como um choque de neurônios do autor a 200 Km/h e releve, pois o restante vale a pena.
Meu livro favorito de sua autoria é Outliers - Fora de Série. Embora o estilo seja o mesmo, o tema central deste livro é a dedicação, a história que talento somado a muito, muito, muito trabalho, gera um gênio. Neste livro ele mostra a história de vários gênios da humanidade e a combinação de talento e trabalho funcionando maravilhosamente. É um livro muito indicado para todos os jovens que estão começando e acham que muita coisa vai cair do céu.
Neste ponto, lembro do técnico Muricy Ramalho e seu bordão: "Aqui é Trabalho". É bem o que reflete este último livro citado.
E muito do que faltou bem recentemente em uma certa seleção...
Abraços,
Henri Coelho
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