sábado, 24 de setembro de 2011

Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo

Volume 1
Comecei a ler a série "As crônicas de gelo e fogo" achando que era composta de apenas 2 volumes. Comprei o primeiro, A Guerra dos Tronos, achei muito bom, comprei o segundo, a Fúria dos Reis, achando que encerraria a série.

Perto do final da leitura, fui até a FNAC e vi 4 livros em inglês: um deles correspondia ao livro Guerra dos Tronos, outro ao livro Fúria dos Reis, e os outros 2 eram continuações.

Como não gosto muito de uma história sem fim, resolvi acessar o site do autor, George R R Martin, pra descobrir que... são 7 livros ao todo. 4 já haviam sido lançados em inglês, recentemente vi um e-mail sobre o lançamento de mais um, e 2 ainda estão por lançar.

O problema maior é que a série é muito boa. Muito boa mesmo. Acabei comprando o terceiro livro, A Tormenta das Espadas, estou na metade da leitura, esperando que saiam os próximos.
Volume 2

Todos os livros são uma continuação da mesma história: a família Stark, que possui um castelo no norte do reino, com 5 filhos legítimos e 1 bastardo, 1 reino em polvorosa, com ameaças, um rei, Robert, que pode ser considerado ilegítimo, pois a família real havia sido morta e ele ficou com o trono, sua família, a família da rainha, os Lannister, com destaque para os 2 irmãos da rainha, um deles anão, os herdeiros do trono, uma matilha de lobos gigantes, uma muralha de gelo, com mais de 100 metros de altura, para defender o reino de ameaças do norte gelado, um povo nômade vivendo além-mar, batalhas de espada, lança e flechas, e muitas cenas de sexo.

E alguns bordões muito legais, como "O inverno está chegando" e "Um Lannister sempre paga as suas dívidas", etc.
Volume 3

A continuidade da narração, pelo menos nos 3 volumes, é feita sem que haja um gap de tempo entre os livros, ou seja, a ação é contínua. Outra característica interessante é que os capítulos sempre tem o nome de uma personagem, e narram o que acontece com ela, sempre em terceira pessoa, mas as vezes mostrando também os pensamentos desta. O capítulo seguinte, invariavelmente, se passa em outro local, com outras personagens, as vezes sem nenhuma relação com o capítulo anterior, que só vai ter a narrativa retomada mais adiante.

O primeiro volume da série foi transformado em minissérie televisiva pela HBO. Assisti esta temporada, em 10 capítulos de 1 hora, e a adaptação foi muito bem feita. Aos que ainda não assistiram, segue a recomendação de sempre: leiam o livro primeiro, depois veja o filme ou a série. Embora o livro sempre vá ser melhor, você se identifica com os personagens e aproveita muito melhor as imagens. A experiência contrária, sempre que eu tentei, pelo menos, nunca foi boa, e nunca dei continuidade à leitura dos livros.

Aos que gostam de ler, é nota 10. Mesmo sendo 7 longos livros.

Abraços,

Henri Coelho

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pequenas comodidades

Como temos agilidade para nos adaptar com algumas facilidades que nos são oferecidas. E depois disso fica quase impossível voltar atrás, e abrir mão daquilo que estamos tão acostumados.

Comodidade no pedágio
Para quem viaja com alguma frequência: já possui o tag do Sem Parar no seu carro? Se não tem, pela comodidade, deveria instalar logo. A passagem nas praças de pedágio é muito mais rápida, a viagem não perde o ritmo, é mais seguro - quem não fica tentando facilitar o troco ou guardar o dinheiro rapidamente no pedágio pra não perder mais tempo, abrindo mão da segurança?

Estes dias ouvi no rádio que o sensor de velocidade do pedágio, que está na pista do Sem Parar, iria começar a multar quem estivesse trafegando a mais de 40 km/h. Por mais que a gente sempre se policie, as vezes a redução de 120 km/h ou 100 km/h pra 40 km/h é muito grande, e nem sempre o carro que está atrás concorda conosco em andar na velocidade correta, o que gera o risco de ser multado ou de sofrer um acidente. Mas fazer o quê? Abrir mão da comodidade? Não dá, resta apenas se policiar um pouco mais.

Comodidade: programação
Outra comodidade simples: assino a Net há alguns anos, primeiro a TV digital, agora a opção HD. A pequena comodidade, já existente há muitos anos, de se ler no rodapé da tela, o nome do programa que está passando, a faixa etária recomendada, que horas começou e que horas vai terminar, e qual o próximo programa daquele canal, com as mesmas informações, faz toda a diferença na hora de assistir TV.

E quando você percebe isto? Em momentos como agora, onde estou num hotel em Juiz de Fora, que tem vários canais disponíveis na TV e nenhuma informação do que está passando em nenhum deles. Parece que a gente volta no tempo mais de 10 anos, e fica a sensação de estar perdendo tempo ou deixando de assistir algo mais interessante do que o que está passando agora.

Existem várias outras facilidades destas, que não percebemos, mas nos acostumamos tão rápido que não conseguimos mais nos livrar delas. O celular. A Internet no celular. A gravação na TV a cabo. O ar condicionado no carro. O acesso rápido à Internet.

A lista é longa, a adaptação é rápida, e a possibilidade de ficar sem incomoda bastante. Mais do que deveria, o que acaba sendo uma arma poderosa pra quem saiba fazer o marketing bem feito. Se nos dessem estas comodidades sem custo, em alguns casos, talvez nos fisgassem como consumidores o resto do tempo.

Henri Coelho
direto do Hotel Victory Suites - Juiz de Fora

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pops

Olha o Pops aí
Na casa de meus pais, não sei bem como começou, mas todos os filhos, genros, noras e até alguns netos chamam meu pai de pops. É um daqueles apelidos que gruda bem na pessoa, e que ela não se importa, e então vira moda rapidamente.

O Pops sempre foi uma referência muito forte pra mim, mais até do que eu percebia que os pais de vários de meus amigos eram pra eles. Sempre tivemos uma relação gostosa de muita amizade, e muita proximidade. Sua inteligência sempre foi muito marcante, a sabedoria na hora de opinar sobre vários aspectos e a paciência, antes muito grande, e agora muito curta.

Meu pai sempre nos educou mais pelo exemplo, e sempre conseguiu ter autoridade com todos os filhos sem necessitar, nunca, recorrer a força pra isto. Este é um dos aspectos que mais adimiro nele. Papai sempre soube conversar bastante, e sempre nos mostrou que este é o melhor caminho para resolver qualquer coisa.

Algumas pessoas dizem que sou muito parecido com ele, fisicamente, embora eu achasse algumas vezes que não. Mas em várias ocasiões pessoas que não viam o papai há muito tempo, ao me verem próximo a ele, sempre dizem que não precisava nem falar que eu sou seu filho.

Acho que sou mais parecido com ele no jeito de andar, falar, e até em alguns gestos à mesa. As vezes me pego reparando nisto, e percebo que faço exatamente a mesma coisa que ele em algumas situações, o que até me surpreende.

Em alguns dias o Pops fica bastante fechado, fala pouco, e nestas ocasiões minha mãe fica apreensiva. Isto aconteceu recentemente, em alguns problemas de saúde que ele enfrentou, onde a preocupação da família toda era saber o que ele estava pensando da situação, o que o estava preocupando, por que ele estava assim. E esta semana, que tive que ficar internado em SP, por conta de uma pancreatite, várias vezes me pegava exatamente na mesma atitude, querendo ficar quieto pra ver se o tempo passava mais rápido, e percebia que estava me fechando com minha esposa, quando as respostas eram monossílábicas por minha parte.

E assim, fiquei com saudades do querido Pops, e resolvi escrever este pequeno texto pra registrar isto.

Abraços,

Henri Coelho
Escrevendo do Hospital São Luiz, quarto 1520.